10 de out. de 2013

A versão do Nova Cidade, sobre as confusões do jogo contra o União de Marechal



No último dia 3 deste mês, Nova Cidade e União de Marechal se enfrentaram no estádio Joaquim de Almeida Flores, em Nilópolis, mas o que isso tem de mais? Pois bem, o que chamou a atenção da imprensa esportiva foi a súmula da partida. O árbitro Edson Alves de Carvalho relatou que foi agredido e ameaçado de morte pelo atacante Augusto, do Nova Cidade: "O atleta nº 09, ao ser expulso me agrediu com um soco na cabeça", "O mesmo falava o tempo todo que ia me matar fora do estádio pois conhecia bandidos da região"-finalizou Edson.



O coordenador do Nova Cidade, Robério Pereira, falou sobre o caso e criticou a grande mídia e a Federação, confira:


Robério, fala sobre o acontecido (Foto: Divulgação)
– Sobre o jogador que disseram que ameaçou o árbitro de morte, temos também que perguntar ao árbitro o que ele falou para o nosso atleta dentro do campo. O árbitro disse para o Augusto que ia pegá-lo lá fora. É muito fácil colocar na súmula que o garoto é 'amigo de bandido', o nosso jogador nunca disse isso, primeiro que ele é evangélico. A grande mídia falou o que quis, mas não ouviu o lado de cá, então agora vão ter que ouvir e quero ver se vão postar na primeira página também!? É muito fácil falar e não ver a dificuldade que nós do Nova Cidade passamos, são garotos que moram em comunidades, que não tem a miníma condição de vim ao treino, que às vezes não se alimentam de manhã, nós fizemos um trabalho na praia e um jogador nosso passou mal, o atestado médico dele estava ok, mas o mesmo não havia se alimentado. Então é muito fácil criticar um clube de Série C, mas ninguém ajuda. Todos os empresários que aparecem querem o clube, aí diz que vai fazer, que vai acontecer, mas quando vêem as dificuldades do clube somem. As prefeituras do Rio de Janeiro não ajudam os clubes das suas cidades, um exemplo é que aqui em Nilópolis, eles não nos dão dez centavos. Você vai em São Paulo e vê, todas as prefeituras ajudam os clubes. Fica difícil fazer um trabalho, criticar é fácil, quero ver a grande mídia vim aqui ver a nossa situação e nos ajudar. Pagar milhões para artistas perderem peso, pintarem o cabelo é mole, por que não ajudam esses jovens!? Nós vivemos com as ajudas dos pais, o pouco que temos são eles que nos dão. A FFERJ não ajuda em nada, só querem dinheiro, os árbitros quando chegam aqui a primeira coisa que pedem é a taxa, diga-se de passagem é um absurdo, se não conseguirmos em quinze minutos eles dão WO (3x0). Quero ver a grande mídia vim aqui mostrar o que passamos para manter um clube de Série C, muita das vezes estamos tirando jovens do crime, isso ninguém fala, só nos criticam - finalizou Robério.
Augusto(Foto: Arquivo)

Ouvimos também o atleta acusado, confira:

 O que o árbitro colocou na súmula é mentira! Eu não sou amigo de bandido, sou trabalhador, sou evangélico. Eu só empurrei ele, porque ele disse que ia me pegar, ele me ameaçou. Ele falou assim: Saí do campo logo porque eu vou te pegar. Já após o jogo, eu estava na porta do vestiário e ele(árbitro) passou olhando de cara feia para mim e voltou a falar que iria me pagar - disse Augusto.



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